segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

OS ACORDES DA VIOLA ACORDA MEU CORAÇÃO





Violeiro cantador, violeiro do amor,

Sonhador tradutor da dor,

Peão violeiro que encanta meu coração,

Ouço seus acordes com devoção,

Entoando um canto de aflição,

Dedilhados na escura solidão,

Acorda minha fantasia e voa como ventania,

No veleiro da emoção a brisa se aproxima,

Para velar seu derradeiro roteiro,

Atraída pela melodia da gostosa sinfonia,da

Abraçando o amanhecer no despertar solitário,

Que rompe o alvorecer com raios despertos,

Ao fundo um coral de pássaros cantantes,

Por um segundo a viola e o violeiro se confundem,

Uma fusão poética na armadilha das emoções,

As mãos deslizam no instrumento com intimidade,

A cumplicidade é estonteante, alucinante,

As notas soam sussurrando a melodia,

Arrepios, calafrios nos desafios,

Ajustando o som até a afinação,

A escala do amor não há estações constantes,

Um sorriso de menino desabrocha espontâneo,

Toca com a segurança de quem está agradando,

Na malicia inocente, um olhar carente,

Violeiro valente, afoito e ousado,

Ardente lança chama da audácia,

Na cantoria liberta harmonia,

Há lealdade entre viola e violeiro,

Parceiros graciosamente apaixonados,

Entrelaçando a cumplicidade no amor e na dor.

MARTA PAES

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

SEM PORTAS PARA O AMOR

Um dia a porta abre e o sol entra,
Portas abertas do coração para o amor,
Um dia arranco a porta definitivamente,
Sem portas nem porteiras, sem divisas,
Um dia não vamos precisar de portas,
Sem fronteiras, sem de algemas emocionais,
Sem correntes imaginais, sem cordas no pescoço,
A liberdade é de dentro para fora, leveza da alma,
A brisa sopra em cada brecha com suavidade,
A imaginação é terreno fértil para a emoção,
Na gostosa confusão entre o real e imaginário,
No meu pedaço de terra finquei os pés,
Na tentativa de não perder meu chão,
Um dia a porta abre e a ventania leva embora:
As dores exacerbadas, as agonias e anseios,
No mundo da poesia, composição de versos,
Sonhos, ilusões e alegrias, devaneios,
Coração em emoção salta de palpitação,
Sem portas abro as comportas das recordações,
Cada lembrança saudades semelhantes,
Na poesia a dança da imaginação libertada.
Marta Paes

AMOR VULCÃO EM ERUPÇÃO

Quero um amor em estado de ebulição,
Quente como chapa quente, coloco a mão,
Vapor escaldante, aroma do amor exalando,
Transpiração aquecida no embalo do amor,
A perda do encanto torna o amor morno,
O preenchimento de algo saliente, envolvendo,
Quero ser reconquista como no primeiro dia,
A emoção comprometida, um amor sem revelia,
Amor sentimento transcendente e inocente,
Quero surpreender e ser surpreendida na magia,
Cuidar para aquecedor do amor funcione sempre,
Nada de morno, ou de temperatura ambiente,
Acredito no amor quente, morno esfria, fica gelado,
A brasa solitária tende a apagar, amor compartilhado,
Duas brasas propagam incêndios, sensações aquecidas,
Tem uma fogueira no meu coração que alimenta o amor,
Queima de emoção por você, um querer  que foge a razão,
Enquanto houver fogo, incêndios, erupção, haverá paixão,
Sentimentos imbuídos de calor, o termostato do amor,
A brasa amor precisa ser alimentada na chama da paixão.
Marta Paes



NOSSO BEIJO E O BEIJO DA LUA

Viajei em uma estrela cadente saliente,
Na cadencia a sequencia inocente do amor,
O amor me segurou em sua plenitude,
Aturdida com olhar de solicitude,
Perdida em atitude afetuosa, gostosa,
Coração acelerado, frio na barriga,
Rostos colados, suspiros dobrados,
Um cheiro único exala e paira no ar,
Sentimentos uma incógnita em órbita
Uma vontade de querer te amar,
Na magia nosso primeiro beijo,
Sabor surpreendente, ardente,
A completude na inquietude,
Movimentos delicados, sagrado,
A lua também beijava o mar,
Um encantamento embriagante,
Senti medo de quebrar o encanto,
Controlava a respiração denunciante,
Arrepios invadiram minha alma,
Em um delicado carinho em minha face,
Estremeci flutuando em seus braços,
Sem embaraço embarcamos no amor.
Marta Paes

domingo, 19 de janeiro de 2014

O AMOR E A FORÇA DA NATUREZA

Você apareceu como um raio,
Por este raio cósmico foi atraída,
Desfalecida encontrei o amor,
Com o grito de trovão me encantei,
Com a plenitude do relâmpago me encandeei,
Chuvas de alegria permeavam nosso amor,
Em cada estrela um sonho prometido,
A lua testemunhava cada momento,
Sentimentos de encantamento mágico,
O raio sossegou, o trovão silenciou,
As chuvas foram cessando até desaparecer,
As estrelas e lua deram lugar ao nascer do sol,
Forças contrárias naturalmente atuam,
O cenário mudou como a própria natureza,
A beleza do nosso amor ficou adormecida,
Os ventos sopraram em outras direções,
Perdemos-nos, sem tempo de reencontrarmos,
Na rapidez de um raio nos despedimos,
A lua chorou sentindo falta do nosso amor.
Marta Paes